Review - Skullgirls Encore [Game]

Um jogo de luta 2D com monster girls não poderia dar errado.

Plataformas: Playstation 3, Xbox 360, Playstation Vita, Playstation 4, PC

Gênero: Luta

Ano de lançamento: 2012

Confesso que esse jogo de luta realmente me impressionou. Sempre fui um fã das séries Street Fighter e The King of Fighters mas nunca consegui jogar esse tipo de jogo muito bem. Os "meia lua e soco" nunca funcionavam corretamente quando eu tentava o comando, e fazer combos nem passava pela minha cabeça. No fim, simplesmente resolvi não dar muita atenção pra esse tipo de jogo. Mas isso mudou com Skullgirls Encore, um jogo que acabei baixando aleatoriamente e me surpreendeu.

Para começar, vamos dar alguns detalhes da história: A cada sete anos, um misterioso objeto conhecido como 'Skullheart' concede o desejo de uma jovem mulher, e muitas pessoas e grupos estão interessados em conseguir este objeto para seus próprios benefícios. O jogo gira em torno dessas pessoas e suas aventuras para conseguir esse tão desejado item.

De começo, já é bem perceptível que a história não é muito criativa, né? É similar aquela história clássica de "a cada tantos anos, temos um torneio blablablá". Mas sinceramente, isso é o de menos. Compramos um jogo de luta para podermos nos divertir enquanto jogamos contra a máquina ou mesmo contra nossos próprios amigos, e não pela história incrivelmente criativa.

No entanto, o jogo tem ótimas personagens, que tiram um pouco o foco da história não muito boa. Todos eles são muito bem desenhados e carismáticos. Uma coisa notável é a "bizarrice" de cada um deles. O jogo não se leva a sério, tanto que é compostos por personalidades fora do comum. Uma mulher-gato que solta sua cabeça? Uma enfermeira psicopata? Uma freira que se transforma nas outras personagens? Você verá tudo isso aqui. Certamente fãs da série Darkstalkers vão se sentir em casa. Uma curiosidade é que cada personagem possui diversas cores diferentes e muitas delas fazem referências a outros jogos, animes e filmes. Um presente para os fãs!

As personagens femininas do jogo são a atração principal (lembrando que, apesar do nome, o jogo tem alguns poucos personagens masculinos). Uma coisa notória durante todo o jogo, seja nas lutas ou nas cenas durante o story mode é a quantidade de sex appeal que elas têm, mesmo todas elas sendo desenhadas em um estilo meio caricato. É claro que os autores fizeram isso de propósito, afinal, todos gostam de um fanservice não é? Não vou me estender muito nesse assunto, vocês entenderão quando jogar.

Certamente Skullgirls é um dos jogos de luta 2D mais bonitos que já joguei. Os cenários também são muito bem coloridos e desenhados. Não posso reclamar em nada do jogo no quesito gráfico.

A trilha sonora do jogo é mediana. As músicas do jogo são bem variadas e se encaixam bem em cada momento. Apesar disso, ela é um pouco repetitiva, mas nada que chegue a ser estressante. Algo que se destaca na parte sonora é a dublagem das personagens. Antes, durante e depois das lutas elas falam certas coisas e dá pra ter um gostinho a mais da personalidade de cada uma. Um trabalho excelente dos dubladores.

Mas vamos ao ponto central do jogo: a jogabilidade! Afinal, todos os elementos anteriores são secundários, de nada adianta um jogo lindo e não prazeroso. E é justamente nessa parte que nosso jogo de luta se destaca. As partidas são bem rápidas, e o jogo te permite fazer diversas estratégias durante a luta, já que o estilo de luta de cada personagem varia. Existem personagens melhores, por exemplo, para se lutar de perto e fazer combos, enquanto existem personagens que se destacam com ataques de longe, tudo isso de uma forma bastante balanceada e que dá um grande toque de desafio. Skullgirls é um daqueles jogos fáceis de aprender e difíceis de se dominar.

O único momento em que uma personagem é notavelmente mais forte que os demais é na chefe final. Claro, isso é perfeitamente entendível já que ela é a tão famigerada 'final boss', e temos um grande histórico de final bosses apelões, como Igniz de KOF 2001 e Bison de Street Fighter Alpha 3. A personagem final não chega a ser tão estressante quando esses dois citados, mas continua sendo bem chatinha. É muito frustrante você ter uma estratégia com certa personagem e ver que ela está funcionando até que você chega no último desafio e tudo se resume a ficar defendendo e dar um certo golpe que funciona mais infinitas vezes até ela morrer.

O jogo conta com um modo tutorial riquíssimo divido em lições, que ensina desde os princípios mais básicos de jogos de luta até alguns pontos mais complexos, como combos no ar e golpes especiais. Certamente é algo que deveria ter em qualquer jogo de luta que se preze. Felizmente, as lições do modo tutorial o ajudarão em muitos outros jogos do gênero. 

O jogo em si é divido no modo história e no modo arcade. O modo história. como o nome indica, mostra a trajetória de nossas heroínas em busca do Skullheart. As cenas de cada personagem são bem divertidas e ajudam a criar um clima bem descontraído. Já o modo arcade é um pouco mais dinâmico: Nele você pode escolher por usar de um até três personagens, e a máquina faz o mesmo. O legal aqui é que, para não ficar injusto, o jogo ajusta o poder de cada personagem conforme a quantidade deles que você escolhe. Você pode trocar seus personagens durante a luta, ou apenas chamá-los para que eles te deem uma mão por alguns segundos, como já vimos em diversos outros jogos de luta. Isso permite um aumento na estratégia que, obviamente, vai te exigir muito mais conhecimento de jogo. O modo online também é bem interessante, ele flui sem problemas e te permite personalizar suas opções de certa forma que te facilite a você encontrar um oponente brasileiro, por exemplo. 

Conclusão: Com ótimos gráficos, trilha sonora boa e jogabilidade rápida e rica, Skullgirls Encore é um jogo de luta 2D que vale a pena seu tempo e dinheiro. É um jogo muito barato e vai te deixar horas viciado na frente do videogame ou computador